Família é um conjunto de pessoas ligadas emocionalmente que podem conviver juntas ou não. Entre elas se estabelece um complexo sistema de relações, desejos, expectativas, afetos e padrões de comportamento. Esse sistema está em constante dinâmica e é influenciado diretamente pela saúde psíquica de seus membros e pelas condições de convivência intrafamiliar.
Famílias unem pessoas de diferentes gerações que se confrontam em relação a valores e ideologias e reproduz um ambiente de interdependência e projeções psicoafetivas. Ao longo dos anos se reconfigura com nascimentos e falecimentos, casamentos e separações, adoções, mudanças, fragmentações. Sofre com perdas, falências, doenças, brigas, rejeições, abandonos e toda ordem de traumas e conflitos.
A terapia familiar sistêmica é indicada quando a família ou parte dela apresenta sinais de desequilíbrio psicológico, desajustes de natureza interativa ou necessita de ajuda para superar um problema em comum. Na abordagem sistêmica, o terapeuta facilita a interação entre os membros da família no sentido de motivar a compreensão mútua e a análise dos contextos conflituosos.
A teoria geral dos sistemas percebe o desenvolvimento humano sob a perspectiva da complexidade. Não considera o indivíduo isoladamente, mas como parte de um todo, onde o todo é maior que a soma das partes. Assim, dentro dessa linha de entendimento, os elementos da família podem perceber, porque alguns de seus sentimentos e comportamentos podem ocorrer na interação com algumas pessoas ou grupos e com outros não. Geralmente é em casa, na relação com os que mais amamos, que enfrentamos os maiores desafios emocionais e projetamos o que há de mais difícil e obscuro em nós.
A terapia familiar sistêmica permite que a família reconheça os talentos e limitações individuais, mas os utilize de forma unificada como uma capacidade intrínseca da família enquanto sistema, que lhe dá identidade própria e cria forças de superação e união.